segunda-feira, 31 de maio de 2010

Betânia Andrade participa de reunião em Morgado - Massapê


Betânia Andrade
Comunidade de Morgado - Massapê

Betânia Andrade participa de reunião em Aroeiras - Santana do Acaraú

Betânia Andrade


Betânia Andrade participa de Seminário Regularização Fundiária em Santana do Acaraú

Eudes Xavier (Deputado Federal-PT/CE) Betânia Andrade (Coordenadora Executiva - CEAT) Richard Martins (Diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária do INCRA Nacional)

 Eudes Xavier (Deputado Federal-PT/CE)


Adriano (Mobilizador Social -Terrazul), Acácio Nascimento (Presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santana do Acaraú) e Betânia Andrade
quarta-feira, 26 de maio de 2010

O AQUECIMENTO GLOBAL E O SEMIÁRIDO NORDESTINO

O consumismo desenfreado da sociedade moderna, exacerbado a partir da Revolução Industrial, desponta como uma das causas mais importantes da intensificação do efeito estufa e conseqüente aquecimento global. Isto porque a produção de bens de consumo para atender esta demanda vem incrementando a matriz energética global fundamentada na queima de combustíveis fósseis, com crescentes emissões de dióxido de carbono e outros gases, opacos às perdas da radiação emitida pela terra, o que está resultando no aumento gradual da temperatura média do planeta. A isto se some os bilhões de toneladas do gás lançados na atmosfera pelos meios de transporte e pelas queimadas dos países ditos do terceiro mundo. Estima-se em 25 bilhões de toneladas a produção anual de dióxido de carbono pela atividade humana.

Em termos globais, nas próximas décadas deverão ocorrer significativos aumentos da temperatura média do planeta, do nível do mar, da aridez, da frequência e intensidade de furacões e tufões, da ocorrência de pandemias, descongelamento das geleiras e das calotas polares, nova glaciação, escassez de água e de alimentos e aumento da pobreza e da população faminta. As consequências resultantes poderão ter efeitos devastadores sobre a biodiversidade e sobre a sociedade humana.

Mesmo se medidas de urgente mitigação forem tomadas em nível mundial, por volta do fim deste século, a temperatura média da Terra deverá subir até 3 0C, e o nível dos oceanos aumentará cerca de 1,5 m. Isto significará mudanças profundas nos atuais modelos de vida da sociedade humana no planeta, destacando-se a ocorrência de maciços êxodos das populações dos países da Oceania, alterações substanciais na paisagem das cidades litorâneas.

A vasta região do semiárido brasileiro não ficará imune a estes efeitos perversos. As atividades da agricultura das queimadas, do sobrepastejo e da extração de lenha predatória e desregrada ao longo dos três últimos séculos, aceleraram a marcha da degradação e desertificação, fragilizando os ecossistemas e induzindo elevadas perdas em sua resistência. Assim, o impacto das mudanças climáticas nos sertões nordestinos, será igualmente devastador.

Especificamente, segundo previsões fundamentadas em estudos recentes, o futuro reserva para os sertões nordestinos aumentos significativos da temperatura, da evapotranspiração e redução dos índices pluviométricos com o aumento da aridez, transformando o que se conhece como Semiárido Nordestino em uma imensa região árida. Os resultados serão: a inviabilização da agricultura, da pecuária e da extração de madeira nos moldes das atuais práticas. Diversas culturas, tais como, o milho, o algodão, o feijão e a mandioca terão suas áreas de cultivo drasticamente reduzidas, a pecuária bovina deverá ser substituída pela de pequenos ruminantes e os estoques madeireiros poderão finalmente atingir a exaustão.

Mas, que medidas em nível da convivência poderão ser tomadas?

Responder esta pergunta é, nas atuais circunstâncias, difícil, mas, por outro lado, a busca de possíveis respostas é de urgência prioritária. A implementação e continuidade das ações propostas pelo PAE, Plano Estadual de Combate à Desertificação, servem de ótimos roteiros. Assim, algumas sugestões podem ser apresentadas. Em primeiro lugar, o manejo racional e sustentável dos recursos hídricos constitui a condição sine qua non. Ênfase especial deve ser dada às práticas de captação in loco, tais como, intensificação da construção de cisternas domésticas e das cisternas-calçadão, de barreiros da salvação, de barragens subterrâneas, de barramentos sucessivos e de sulcos e depressões nos campos agrícolas. A recomposição florestal das extensas áreas da Caatinga degradadas, com base em espécies arbóreas e arbustivas xerófilas nativas e exóticas adaptáveis, bem como a reposição das matas ciliares, são medidas de premência a serem tomadas para proteção do solo contra a erosão, recuperação dos habitats, proteção dos mananciais e funcionamento dos ecossistemas fragilizados.

No que tange à agricultura, mudanças de cultivos e das práticas em uso, devem ser incrementadas. Em substituição, parcial em alguns casos e total em outros, das atuais culturas, sorgo, milheto, e guandu são apontados como excelentes alternativas. Estas culturas já constituem o trivial de muitas regiões áridas da Terra e institutos de pesquisa como o ICRISAT (Instituto Internacional de Pesquisa Agrícola para Regiões Tropicais Semiáridas) disponibilizam excelentes bancos de sementes selecionadas. No tocante às práticas, a Agrossilvicultura poderá oferecer modelos de sistemas de produção sustentáveis, para as condições áridas e semiáridas. A Embrapa Caprinos, em Sobral, desenvolveu o SAF-Sobral, um modelo de sistema de produção agrossilvipastoril que ao longo de 12 anos tem provado ser uma opção excelente para as condições do sertão nordestino.

Para a pecuária, a base alimentar, mais do que nunca, deverá fundamentar-se no uso sustentável do inestimável patrimônio florístico da Caatinga. Técnica de manipulação da vegetação da Caatinga para fins pastoris, tais como, rebaixamento, raleamento e enriquecimento já têm o aval da pesquisa e dos testes em meio real. Estas tecnologias têm provado ser economicamente viáveis, de fácil implantação e sustentáveis em longo prazo. Ovinos, bovinos e caprinos, em pastoreio solteiro ou combinado, em operações de cria, recria e acabamento já foram testados e mostraram ser viáveis.

Muitas outras alternativas de mitigação dos impactos do aquecimento global nos Semiárido Nordestino estão disponíveis. O que se espera é, acima de tudo, a vontade política de sua implementação.

João Ambrósio de Araújo Filho
terça-feira, 25 de maio de 2010

Betânia Andrade celebra parceria com amigos e amigas de Ipaguaçu - Massapê

Betânia Andrade,Chico Antônio e família do Senhor Gonzaga
segunda-feira, 24 de maio de 2010

Betânia Andrade participa do dia das Mães em Bela Vista município de Morrinhos



Betânia Andrade e o Deputado Federal Eudes Xavier participam de reunião com Diretores do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Tianguá



Deputado Federal Eudes Xavier e Betânia Andrade

Betânia Andrade e o Deputado Federal Eudes Xavier participam da celebração das cisternas de placas no Assentamento Altinhos no município de Morrinhos

Silvelena (conselheira tutelar) André Lira(Associação de Caninana) Eudes Xavier (Deputado Federal) Betânia Andrade (Coordenadora Executiva do CEAT) Leopoldino Veras (Projetista do CEAT).  





Deputado Federal Eudes Xavier


Betânia Andrade 
segunda-feira, 17 de maio de 2010

Betânia Andrade participa de abertura da capacitação em elaboração de Projetos do PRONAF. Uma parceria do CEAT com a ACB (Associação Cristã de Base) de Crato



Júnior (técnico da ACB), Jorge Pinto (Coordenador da ACB) e Betânia Andrade (Coordenadora do CEAT)


Betânia Andrade e Leopoldino Veras

domingo, 16 de maio de 2010

Estudo da Anvisa aponta resíduos de agrotóxicos acima do permitido e proibidos no cultivo alimentar

Fortaleza. O cearense está consumindo alimento com excesso de resíduos de agrotóxicos. De 135 coletas realizadas em pequenos e grandes supermercados da Grande Fortaleza, em somente três delas os índices foram considerados dentro do limite permitido. O pimentão foi o líder de contaminação, com análise insatisfatória em cinco das seis amostras analisadas. Os dados são de uma pesquisa solicitada pela Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano de 2009.

A informação foi obtida, ontem, com exclusividade, pelo Diário do Nordeste, durante a reunião para discutir o Plano Estadual de Ação Conjunta sobre Agrotóxicos, na sede do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), em Fortaleza. O evento teve como principal objetivo traçar estratégias para a revisão da antiga legislação estadual, de 1993, que trata do uso dos defensivos agrícolas na agricultura.


De março a dezembro de 2009, a Vigilância Sanitária do Estado, que coordena, no Ceará, o Programa de Análise de Resíduos Agrotóxicos (PARA), da Anvisa, enviou 135 coletas de 20 tipos de alimentos, entre frutas, legumes e hortaliças, para análise nos Laboratórios de Saúde Pública (Lacen) dos Estados de Goiás, Paraná e Minas Gerais. Estas unidades recebem amostras de todo o Brasil. Com algumas exceções, de cada cultura foram coletadas sete amostras de diferentes pontos de venda. O pimentão, com seis amostras coletadas, acusou classificação de "agrotóxico não permitido ou acima do limite" em cinco delas. A informação é de Alexsandra Castelo Branco, coordenadora do Programa de Análise de Resíduos Agrotóxicos no Ceará (PARA).


Dentre as culturas analisadas estão arroz, feijão, banana, tomate, pimentão, pepino, uva e laranja, coletados diretamente de pequenos e grandes supermercados. Foram pesquisados 165 diferentes tipos de agrotóxico, dentre os permitidos no Estado. Cada amostra continha um 1kg do alimento. As únicas três culturas em que foi encontrado resíduo tóxico dentro do limite permitido foram banana, laranja e manga.


Uma dificuldade foi obter, dos vendedores, informações sobre a origem dos alimentos. Das 135 coletas, em aproximadamente 20 foram identificados os plantios de origem. "Alguns sabem de onde vem, outros desconhecem o fornecedor", afirmou Alexandra Castelo Branco, esclarecendo que a Secretaria da Saúde do Estado baixou portaria, no ano passado, para que houvesse o rastreamento da origem de todos os produtos vendidos. A Associação Cearense dos Supermercados já tem conhecimento da pesquisa e deverá atuar com mais rigor. Enquanto alguns supermercados compram diretamente das hortas e perímetros irrigados, outros têm a Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa) como principal fornecedor.


"Algumas redes de supermercado apresentaram um controle de qualidade muito bom", pontuou Alexandra. De acordo com o analista de mercado da Ceasa, Odálio Girão, é realizada uma radiografia dos produtos comercializados: "Temos acompanhamento da origem, do controle, destino da embalagem e o município de origem", explicou. Mas a Ceasa não possui controle sobre a qualidade em níveis tóxicos do produto, pois "alguns já vêm até embalados", afirmou Odálio.


Hoje, os municípios do Ceará respondem por 54% do que é comercializado na Central. Entre as frutas, a campeã de vendas é a banana, seguida da laranja; dentre as principais hortaliças vendidas estão a batatinha inglesa, o tomate, a cebola e o pimentão, apontado pela pesquisa como o principal alimento com resíduos agrotóxicos.


Os Laboratórios de Saúde Pública (Lacen) de Goiás, Paraná e Minas Gerais são os responsáveis pela análise unificada de resíduos tóxicos em alimentos vendidos e consumidos na maioria dos Estados do Brasil.


Segundo Alexandra Castelo Branco, existem dois tipos principais de contaminação tóxica no alimento: quando o veneno entra na seiva e por meio do contato superficial, sem penetração, em que, mesmo assim, "a lavagem com água e hipoclorito de sódio não garante a retirada do resíduo", explica.


AÇÃO CONJUNTA


Órgãos discutem plano de controle


Fortaleza. Durante todo o dia de ontem, vários órgãos estaduais responsáveis por distribuição, controle, uso e aplicação de agrotóxicos estiveram na sede do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam) elaborando o Plano Estadual de Ação Conjunta sobre Agrotóxicos. A meta é realizar um diagnóstico do uso desses produtos no Estado, seus efeitos na saúde da população e no meio ambiente. Os participantes chegaram a dois consensos: a constatação do uso intensivo e indiscriminado de agrotóxicos no Ceará, e a necessidade de reativação da Comissão Estadual de Controle de Agrotóxicos.


A reunião aconteceu dois dias depois da apresentação de dados do Núcleo Trabalho, Saúde e Meio Ambiente para a Sustentabilidade (Tramas), da Universidade Federal do Ceará (UFC), que constatou a presença de princípios ativos de diversos venenos em água usada para consumo humano de comunidades da Chapada do Apodi, em Limoeiro do Norte. Mas de acordo com Tereza Farias, presidente do Conpam, "foi uma coincidência, porque já estamos reunidos desde 2007, quando o órgão foi criado", afirmou.


A elaboração do plano teve a participação de técnicos da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Secretaria da Saúde (Sesa), Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) e Ministério da Agricultura, entre outras representações convidadas.


Dentre os objetivos no texto do plano, em fase de elaboração, a "articulação interinstitucional e a ação conjunta para promoção da saúde humana e ambiental, e intervir nos problemas decorrentes do uso de agrotóxicos no Estado do Ceará". Além disso, o monitoramento "urgente" dos agravos à saúde e a necessidade de se promover a educação ambiental. Para Tereza Farias, a Lei 12.228, de 9 de dezembro de 1993, que estabelece as diretrizes sobre o uso de agrotóxicos no Estado, está "desatualizada, necessitando de uma revisão". Uma das principais mudanças é articular a integração dos órgãos que dividem as responsabilidades sobre autorização, controle, comercialização e aplicação do veneno.


"Estamos identificando o que cada órgão está fazendo, e pretendemos construir um banco de dados integrado. Não devemos ficar discutindo agora quem é o culpado, e sim trabalhar de forma articulada", explica Tereza Farias.


Nível crítico


Durante a reunião também foram citados os municípios com índices mais problemáticos de contaminação por agrotóxicos, com delimitação por bacia hidrográfica. Os municípios com mais de 50% de confirmação em itens como relato de queixas, presença de resíduos em alimentos, na água e no solo serão considerados de "nível crítico", exigindo atuação urgente dos órgãos nos níveis federal, estadual e nacional.


MAIS INFORMAÇÕES


Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
(85) 3464.5342
http://www.ibge.gov.br/


Melquíades Júnior
Colaborador

Betânia Andrade participa de reunião na comunidade de São Vicente em Santana do Acaraú



Antônio Mestre (Associação de Poço Salgado)

Zé Biloba (Associação de Poço Salgado)

Sr. Marcelo (Presidente da Associação Comunitária de São Vicente)


Sr.Chico Amorim (Delegado Sindical de São Vicente) 

 Betânia Andrade e Acácio Nascimento (Presidente do STTR de Santana do Acaraú)

Betânia Andrade participa de confraternização com grupo de mulheres artesãs de Mutambeiras-Santana do Acaraú/CE

Betânia Andrade e Sra. Meire (líder do grupo)

Karina (conselheira tutelar de Mutambeiras)


Sra. Meire homenageando as mães
sexta-feira, 14 de maio de 2010

Betânia Andrade participa da reunião para planejamento do Seminário Regularização Fundiária no Ceará:Possibilidades e Resultados.


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Betânia Andrade participa de evento em homenagem às mães da comunidade de Paus Brancos-Santana do Acaraú/CE

Betânia Andrade e Leopoldino Veras participam de reunião da Associação Comunitária de Poço Salgado-Santana do Acaraú/CE



Betânia Andrade participa de reunião com lideranças jovens do esporte, da cultura e da associação dos moradores do distrito de Mumbaba-Massapê/CE





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Quem sou eu

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Nasci em Massapê/Ceará.Filha de uma família de 13 irmãos/ãs, sendo a caçula.Trabalhei na agricultura e na pesca artesanal do camarão. Fui alfabetizada aos 10 anos de idade e, encantei-me com a arte de aprender. Sou graduada em História e curso Direito; tenho um filho. Entrei no movimento sindical rural com 16 anos de idade. Em 1998 assumi a secretaria municipal de mulheres do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Massapê, ficando até início de 2002.Em 1999 filiei-me ao PT.Fui assessora parlamentar.Eleita conselheira tutelar; fui bolsista da Fundação Carlos Chagas – SP, para trabalhar com grupos de jovens.Estagiária do SOS Corpo - organização feminista de Recife-PE.Desde 2002 passei para a coordenação executiva do CEAT – Centro de Estudos e Apoio ao Trabalhador e à Trabalhadora, com sede em Sobral e atuação em 39 municípios do Ceará, que tem como principal foco a convivência com o semiárido, permanecendo até os dias atuais.Tenho orgulho de Coordenar, na região Norte do Ceará, um dos principais programas sociais–Programa Um Milhão de Cisternas–que viabiliza água potável para as famílias agricultoras que moram em comunidades rurais.