quarta-feira, 25 de maio de 2011

Uma proposta de Política para Convivência com o Semiárido

Rosa Nascimento - comunicadora popular da ASA
Fortaleza - CE
25/05/2011


O Fórum Cearense pela Vida no Semiárido (FCVSA) apresentou na última segunda-feira (23), ao Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos, da Assembléia Legislativa do Ceará, documento propositivo para o Pacto pela Convivência com o Semiárido.

O Fórum considera fundamental que a política seja articuladora das diversas políticas setoriais existentes, buscando melhor coordenação das ações no território e favorecendo a participação e o acesso da população do Semiárido aos programas, projetos e recursos. Uma política propositiva, que exerça decisiva a partir de um novo olhar do Semiárido, que afirma a sua viabilidade e potencialidade.

Entre as questões a serem trabalhadas, o Fórum considera importante a promoção da sustentabilidade da agricultura familiar no Semiárido, seguindo os princípios da agroecologia, a economia solidária e equidade de gênero e geração. Além disso, aborda a necessidade de fortalecer a educação contextualizada para a convivência com o Semiárido, o monitoramento da qualidade de água para uso familiar e comunitário na região, a promoção do protagonismo juvenil, e do saneamento ambiental integrado das comunidades do Semiárido.

O Fórum ainda destaca a promoção da segurança alimentar no Semiárido, o fortalecimento da produção cultural, a inclusão digital, a sistematização e intercâmbio de saberes no Semiárido como fundamentais nessa política.

A proposta elaborada coletivamente é uma contribuição do Fórum Cearense para o documento que deverá ser incorporado às proposições de outras instituições para formatação de uma Política Estadual de Convivência com o Semiárido. “A apresentação foi muito boa. Espero que consigamos ser ouvidos e que nossas contribuições possam estar expressas no documento do Pacto”, acredita Felipe Pinheiro, integrante do Cetra.

Para Cristina Nascimento, da coordenação da Articulação no Semi-Árido (ASA) pelo estado do Ceará, a abertura do espaço foi fundamental para a ASA apresentar uma proposta feita coletivamente. “É uma pauta importante de diálogo da sociedade com o Poder Público Legislativo, para que seja criada uma Lei de Políticas para Convivência com o Semiárido”, afirma Cristina, reconhecendo que se faz necessária a participação do Fórum na defesa da proposta.

As propostas apresentadas deverão ser socializadas com a sociedade no mês de junho, quando deverá acontecer a Assembléia Estadual do Pacto pela Convivência com o Semi-Árido.

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Nasci em Massapê/Ceará.Filha de uma família de 13 irmãos/ãs, sendo a caçula.Trabalhei na agricultura e na pesca artesanal do camarão. Fui alfabetizada aos 10 anos de idade e, encantei-me com a arte de aprender. Sou graduada em História e curso Direito; tenho um filho. Entrei no movimento sindical rural com 16 anos de idade. Em 1998 assumi a secretaria municipal de mulheres do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Massapê, ficando até início de 2002.Em 1999 filiei-me ao PT.Fui assessora parlamentar.Eleita conselheira tutelar; fui bolsista da Fundação Carlos Chagas – SP, para trabalhar com grupos de jovens.Estagiária do SOS Corpo - organização feminista de Recife-PE.Desde 2002 passei para a coordenação executiva do CEAT – Centro de Estudos e Apoio ao Trabalhador e à Trabalhadora, com sede em Sobral e atuação em 39 municípios do Ceará, que tem como principal foco a convivência com o semiárido, permanecendo até os dias atuais.Tenho orgulho de Coordenar, na região Norte do Ceará, um dos principais programas sociais–Programa Um Milhão de Cisternas–que viabiliza água potável para as famílias agricultoras que moram em comunidades rurais.